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EDUCAÇÃO - Capacitação de professores municipais aborda a questão racial
Encontro contou com a participação de professores do Projeto de Extensão Uniafro da Ufrgs
  • 17 de agosto de 2017
  • 00:00

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Crédito da Notícia: Departamento de Comunicação

A Secretaria Municipal de Educação, Cultura e Desporto de Sapiranga e o projeto Uniafro da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs) promoveram nesta semana a capacitação Me Passa o Lápis Cor de Pele: Raça, Mídia, Autoimagem e Representatividade, que reuniu professores do Município em torno de uma reflexão sobre a questão racial nas escolas. O encontro reunindo os professores das áreas de Arte e História do Ensino Fundamental ocorreu na segunda-feira, 14 de agosto, no Auditório Jacobina Maurer da Secretaria de Educação, com o objetivo de discutir a necessidade da construção de uma ambiência racial escolar capaz de incluir as africanidades em seu cotidiano.

Segundo os professores do projeto Uniafro, a reflexão sobre a questão racial deve ocorrer através da análise e compreensão de pedagogias culturais, conceitos de raça e como esses se apresentam nos mais variados artefatos culturais, tais como TV, filmes, revistas, livros, desenhos animados, séries, brinquedos, entre outros.

A formação foi ministrada pelos professores Gládis Elise Pereira da Silva Kaercher (coordenadora do curso) e Órson Soares, especialista em História da Cultura Afro-Brasileira, sendo a capacitação dividida em dois momentos: teórico e prático. No segundo, os professores participantes utilizaram os kits de giz de cera em tons de pele que estão sendo distribuídos às escolas de Ensino Fundamental.
COR DE PELE

Em junho, a Secretaria Municipal de Educação, Cultura e Desporto anunciou a entrega de 350 kits de giz de cera com 12 cores de pele para escolas do Ensino Fundamental. Este repasse vem ocorrendo gradativamente às equipes de coordenação que devem buscá-lo junto à Secretaria. Os kits de giz em tons de pele representam uma tentativa de auxiliar os professores a trabalharem a diversidade racial da comunidade em sala de aula, partindo da desconstrução da ideia de que somente a cor rosa, por exemplo, pode ser usado para pintar o tom de pele das pessoas.

”Esta ação vai ao encontro do que propõe as leis 10.639/03 e 11.645/08, que tratam do ensino da História e Cultura Africana, Afro-Brasileira e Indígena, reforçando a necessidade da abordagem das questões étnico-raciais, no âmbito escolar e que, segundo a Lei de Diretrizes e Bases da Educação, devem ser trabalhadas pelas disciplinas de Arte e História”, concluiu a secretária de Educação Cláudia Kichler.
O GIZ MULTIRRACIAL

A caixa de giz de cera com 12 cores em tons de pele é fabricada com ceras de alta qualidade em material atóxico e não mancha as mãos. Foram produzidos especialmente em parceria com o Uniafro/Ufrgs, Curso de Aperfeiçoamento em Política de Promoção da Igualdade Racial na Escola. Fonte: www.koralle.com.br/produto/giz-de-cera-pintkor-12-cores-tons-de-pele.

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