Município faz limpeza para contenção da pista que cedeu na Estrada Kraemer-Eck

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Via está interditada devido à pista que ruiu; Prefeitura estuda saída para reconstrução e reabertura

21 de outubro de 2015
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Fotos: Prefeitura de Sapiranga

Crédito da Notícia: Guilherme Schmidt/Departamento de Comunicação

Em busca de uma solução para a reabertura da Estrada Kraemer-Eck, interditada no último sábado, 17 de outubro, devido a rachaduras e deformações que surgiram na pista que cedeu com as fortes enxurradas, a Prefeitura de Sapiranga começou nesta quarta-feira a limpeza da área do deslizamento (com retirada de vegetação, principalmente) para a colocação de pedras para criar uma área de contenção e evitar que a pista ceda ainda mais. A Secretaria de Obras foi acionada para esta operação de limpeza e deve fazer a colocação de pedras para contenção e aterramento do grande buraco que se abriu levando parte da pista. Também está sendo estudada a possibilidade de abertura de uma via lateral à área afetada.
Nesta quarta-feira, uma equipe da Secretaria de Planejamento foi vistoriar a área mais uma vez. Segundo o secretário de Planejamento Olavo Thiele, uma alternativa no local, que em sondagens preliminares apontou um verdadeiro lençol de água infiltrada sob a pista que cedeu com as enxurradas que castigam a região desde julho, é fazer um novo traçado da estrada, abrindo-se uma pista ao lado da que não ruiu (no caso, a pista do sentido Dois Irmãos-Sapiranga). “Estamos verificando como agilizar esta saída, mas primeiro temos que fazer a contenção do local que desbarrancou.” A opção de uma via lateral exige escavação com máquinas pesadas e retirada de vegetação da encosta. A busca é por uma saída que evite que a estrada fique fechada por muito tempo, causando transtornos aos motoristas que diariamente necessitam transitar na via intermunicipal.
A Prefeitura volta a alertar para a interdição total da estrada que vem sendo burlada por alguns motoristas que se arriscam no trecho que cedeu. “O trecho que cedeu apresenta risco aos motoristas e está fechado. As pessoas não devem transitar no local, pois, devido ao tráfego pesado, o asfalto na pista que não havia cedido está apresentando deformações e rachaduras”, explica Thiele.
No trecho interditado foram colocadas faixas de interrupção, além de placas que alertam para a estrada bloqueada alguns quilômetros antes. Desta vez, como ocorreu em julho, não foi feita uma barreira bloqueadora de terra no local devido à necessidade de novas sondagens do solo e o trânsito dos veículos da empresa que está fazendo as perfurações.

DESVIO
Para quem utiliza a estrada no sentido Sapiranga-Dois Irmãos, a alternativa é o desvio pela Estrada da Pedreira, pegando-se à esquerda no primeiro cruzamento e seguindo em frente até retornar à Kraemer-Eck. São cerca de 5,7 km de estrada de chão batido em condições regulares, sendo nos primeiros dois quilômetros é necessário maior cuidado com a subida e as curvas (no restante, a estrada segue em reta com alguns aclives e declives no percurso). O inverso vale para quem vem no sentido Dois Irmãos-Sapiranga, sendo necessário mais cuidado por volta de 3,7 km percorridos (pegar à direita no cruzamento) e na descida pela Estrada da Pedreira.

SONDAGEM
As primeiras perfurações para se avaliar as condições do solo no trecho que cedeu ocorreram na manhã de segunda-feira, 19 de outubro, com o acompanhamento do secretário municipal de Planejamento Olavo Thiele e o topógrafo Edison Conceição. Os primeiros resultados mostraram que a interdição total da estrada foi acertada, já que nos pontos perfurados na estrada foi demonstrada que a pista está sobre grande quantidade de água (um dos buracos da perfuração, que apresentava 19 metros de profundidade, chegou a jorrar água pela pista). As perfurações em pontos diferentes da estrada são para se verificar as condições do terreno em busca de uma base sólida para a reconstrução da pista que cedeu no Km 5 (sentido Sapiranga-Dois Irmãos).
O desnível da parte que cedeu da estrada, que em julho estava em cerca de um metro, agora já ultrapassa os dois metros, e parte da pista que estava intacta começou a apresentar rachaduras e deformações do asfalto. “Se tivéssemos feito o aterro imediato do local, certamente estaríamos com o mesmo problema, ou até pior, pois teríamos corrido o risco de um acidente grave no local”, comenta Conceição. O secretário Thiele ressalta que nas primeiras perfurações já deu para se notar que a pista está sobre uma espécie de bolsão de água devido às infiltrações sob a estrada causadas pelas enxurradas.
“Perfuramos 19 metros para encontrar base sólida na pista que já cedeu, demonstrando que o trecho realmente apresentava perigo de desabar totalmente e causar um acidente grave.” A solução para que o tráfego reabra o mais rápido possível seria a construção de um desvio lateral provisório junto ao trecho que desabou. “Estamos analisando esta operação que é a mais viável, já que aterrar a área que desabou para construir uma pista em cima poderia ser algo arriscado”, explica Conceição.
A Prefeitura faz um alerta à sinalização colocada no local, já que, apesar da interdição com placas, muitos motoristas (principalmente motociclistas) insistem em ultrapassar a barreira, que muitas vezes é imprudentemente retirada. “As pessoas precisam entender que há perigo no local, pois a pista está cedendo, e o tráfego de veículos (principalmente os pesados) agrava esta situação”, alerta Thiele.

MONITORAMENTO
A ruptura no asfalto e o deslizamento de terra na Estrada Kraemer-Eck causados pelas fortes chuvas vêm sendo monitorados pela Secretaria de Planejamento desde julho. “Não podíamos simplesmente aterrar e reconstruir a pista sem saber como o terreno se comportaria”, explica Conceição. “As pessoas precisam entender que , por se tratar de uma encosta íngreme e castigada pelas chuvaradas, a solução não é tão simples”, explica Thiele. Uma solução imediata, como um simples aterramento do trecho que cedeu, não era possível pois o terreno estava apresentando instabilidade desde o início. O solo no trecho, inclusive, ainda apresenta instabilidade no terreno, que cedeu mais nos últimos dias devido às novas enxurradas, resultando na medida de interdição.
Segundo especialistas, certamente se o aterramento e a reconstrução da pista tivessem sido feitos de imediato, o trecho teria voltado a ceder devido à instabilidade do solo no local. “Era preciso verificar como o terreno se comportaria, e com as enxurradas dos últimos dias, o solo cedeu mais”, diz Conceição. Agora é necessário analisar as condições do trecho , pois é necessária uma base sólida para se reconstruir a pista no local. Em nota emitida no final de semana, a Prefeitura de Sapiranga destacou que entende a importância da estrada e os transtornos que causam o seu fechamento, mas neste momento a segurança é a prioridade.

CONFIRA MAIS VÍDEOS SOBRE A SONDAGEM:
– Buraco da perfuração às 11 horas
– Buraco da perfuração ao meio-dia
– Buraco da perfuração às 13 horas
– Visão do deslizamento com água ainda descendo a encosta após três dias (em 19/10) sem chuva