GESTÃO – Projeto reajusta salário de servidores sem aumento ao 1.º escalão

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GESTÃO - Projeto reajusta salário de servidores sem aumento ao 1.º escalão

Prefeita, vice e secretários não receberão reajuste de 4,08% que será dado a funcionários

9 de junho de 2017
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Crédito da Notícia: Departamento de Comunicação

A prefeita Corinha Molling encaminhou nesta sexta-feira à Câmara de Vereadores o projeto de lei que concede reajuste salarial de 4,08% (índice calculado em cima do percentual de inflação apurado pelo IPCA de abril/2017) aos servidores municipais de Sapiranga, além de aumento de 7% no vale-alimentação, que passará para o valor de 486 reais.

Também está sendo enviado o ofício no qual a Administração Municipal informa que este reajuste constitucional não será concedido à prefeita, ao vice-prefeito e a secretários municipais. “Esta medida de abrir mão do reajuste para o primeiro escalão vem ao encontro do nosso discurso de austeridade, de nos mantermos dentro dos nossos limites de comprometimento dos recursos. Destacamos a importância do servidor, e reiteramos que não estamos a desmerecer seus importantes serviços prestados, mas nossos limites de investimentos devem ser divididos com a saúde, educação, infraestrutura , saneamento e as demais diversas áreas de nosso Município”, destaca a Corinha.

REPOSIÇÃO DA INFLAÇÃO

A prefeita ressalta, ainda, que desde o início das tratativas com o Sindicato dos Servidores Municipais (Sismus) a Administração Municipal deixou claro que a ideia era oferecer uma proposta de reajuste salarial justa e de reposição da inflação aos servidores municipais sem comprometer as finanças do Município ou correr o risco de atrasar pagamentos ou prejudicar serviços à comunidade.

Corinha já tinha destacado a linha que a Administração seguiria em relação ao reajuste. “Gostaríamos de poder oferecer mais aos servidores de Sapiranga, que sempre se destacaram pela compreensão e pela dedicação. Mas temos que pensar na cidade como um todo. Enquanto que alguns municípios e o próprio governo do Estado atrasam salários, em Sapiranga queremos manter o pagamento em dia, sem prejuízo ao servidor. E, além disso, não podemos comprometer o investimento e a manutenção dos serviços à comunidade com um reajuste acima dos nossos limites”, explica.

O reajuste foi calculado em cima do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em abril deste ano, levando-se em conta que ele é índice oficial da inflação no Brasil e foi o índice que apresentou a maior variação no mês (o IGP-M ficou em 3,36% e o INPC em 3,98%).

EQUILÍBRIO

Com os números em mãos, a secretária municipal Taís Mödinger destacou recentemente que o reajuste proposto traz um impacto nas contas públicas que o Município pode absorver dentro dos seus limites. “Temos, historicamente, oferecido reajustes acima da média dos outros municípios, sempre respeitando nossas contas. Mas o momento econômico, ainda instável, exige um cuidado com as finanças e a Lei de Responsabilidade Fiscal. Não podemos oferecer algo, como os 12% de reajuste pedidos, pois isso poderia impactar drasticamente nas finanças municipais, causando um desequilíbrio que comprometeria nossa capacidade de investir e até de pagar contas em dia.”

Desde o início, a Administração se tem buscado a austeridade nos gastos. Já cortou cargos e despesas, focando nos serviços essenciais à comunidade, principalmente na Saúde e Educação. “É importante a compreensão de todos no sentido de que o Município mantenha suas contas equilibradas, pois isso permite que, mais adiante, possamos avançar nos investimentos que beneficiarão a todos.”