Mais de 70 pessoas participam dos grupos de orientação nutricional

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Pacientes são encaminhados pelos médicos da rede de saúde

4 de julho de 2024
09:35

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Um dos projetos ativos da Secretaria de Saúde de Sapiranga e que demonstra excelentes resultados é da orientação nutricional. Através do encaminhamento das equipes, os pacientes participam de encontros semanais com a nutricionista Gianne Azambuja e também realizam a consulta individual. São oito unidades diferentes que recebem os grupos e atualmente mais de 70 pessoas participam da ação, rotativamente.

O processo começa com a consulta ao médico que identifica a necessidade de orientação nutricional e encaminha o paciente. Em seguida ele integra um grupo de iniciantes. “Esse é um momento onde falamos em conjunto sobre o que é a orientação nutricional e a importância da alimentação saudável para a saúde. Também é um preparo para a consulta individual, para podermos conhecer melhor a rotina de cada paciente e fazer o acompanhamento adequado. Muita gente não se dá conta, por exemplo, de quanta água consome ao dia, a quantidade e a frequência em que consome frutas, legumes e verduras, informações que são importantes para o tratamento”, explica Gianne. Depois de receber as orientações iniciais no grupo o paciente realiza o agendamento da consulta individual com a nutricionista quando poderá relatar as mudanças já alcançadas e receberá as orientações nutricionais necessárias a continuidade da melhoria de sua saúde e qualidade de vida.

Os grupos também são de rotina para alguns pacientes. “É uma forma de atingir mais pessoas e também de proporcionar entre eles uma troca, o que não aconteceria no atendimento em consultório. Nós falamos de receitas, esclarecemos dúvidas que surgem ao longo do tratamento e realizamos atividades que orientam de maneira lúdica”, conta a nutricionista que atende os grupos na Unidade de Saúde Especializada (USE), UBS Centro, UBS Centenário, UBS Amaral Ribeiro, UBS São Luiz, ESF Morada São Luiz, ESF João Goulart e Caps. Mesmo considerando os grupos de continuidade, há uma rotatividade entre os paciente, já que alguns tratamentos são mais curtos e necessitam apenas de orientações básicas e reeducação alimentar, como salienta a nutricionista “Mesmo aqueles que não frequentam mais os encontros absorvem as práticas e levam para a sua rotina, e para a sua família, esse é o objetivo”.

Entre as orientações que os participantes dos grupos recebem está a desmistificação com relação à alguns alimentos. “Falamos dos hábitos saudáveis, que vão além da alimentação, como a atividade física e a qualidade do sono, e também esclarecemos que não há vilões: o pão, o ovo, a farinha branca, e nem os salvadores: aquele ou esse chá. O que existe mesmo é o equilíbrio e a necessidade de cada corpo, precisamos entender do que o nosso organismo necessita, ouvir ele”, defende Gianne. A profissional de nutrição faz o alerta com relação ao problema mais comum entre os pacientes, a diabetes. “Hoje temos pessoas muito mais jovens do que antes já com o início da doença e também a diabetes gestacional que representa um risco na gravidez. Essa é uma doença que está diretamente ligada aos hábitos alimentares inadequados,como o alto consumo de produtos ultraprocessados, por exemplo as bebidas açucaradas e fast food.”, reforça.

Texto e foto: Cláudia Silva