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Roteiro Caminhos de Jacobina é tombado como patrimônio cultural de Sapiranga
Lei que determina novo status foi aprovada em Novembro
  • 3 de janeiro de 2025
  • 17:02

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Um novo capítulo para o roteiro de monumentos que marca a história do Movimento Mucker e da Imigração Alemã em Sapiranga. Instituído há mais de 20 anos, no ano de 2001, o “Caminhos de Jacobina” foi tombado como Patrimônio Cultural de Natureza Imaterial, através da Lei Municipal 7523/2024, aprovada em 12 de novembro na Câmara de Vereadores.

O processo para o tombamento foi relativamente fácil, como comenta o Professor Doutor Daniel Gevehr, diretor de Patrimônio Histórico e Museus da Secretaria de Cultura, Turismo e Desporto. “A iniciativa passou pelo Conselho de Patrimônio Histórico, depois levamos até a Secretária Roberta, em seguida o Jurídico analisou toda a documentação, e a ideia foi muito bem aceita também pela prefeita Carina, e em seguida veio a proposição na Câmara e aprovação por unanimidade. Portanto, fizemos sim o caminho ‘mais difícil’, por que um decreto também seria efetivo, mas foi uma aprovação satisfatória, pois vem da coletividade”, salienta.

Colocar o roteiro turístico no patamar de patrimônio histórico envolveu várias etapas. Em um primeiro momento, foi feito o tombamento como patrimônio material das estruturas que fazem parte do ‘Caminhos de Jacobina’. São elas, a estátua do Cel. Genuíno Sampaio, a estátua da Jacobina, o túmulo dos Colonos, o Memorial da Conciliação, o Monumento ao Imigrante e a Cruz da Jacobina. “Ao reconhecer aquele monumento ou construção como patrimônio tombado, a municipalidade toma a frente da manutenção e preservação daquele bem, o que é fundamental para conservar os aspectos históricos”, explica o professor Daniel. A segunda etapa reconhece o roteiro ‘Caminhos de Jacobina’ como Patrimônio Cultural de Natureza Imaterial, incluindo todo o contexto e simbolismo do trajeto. Este tombamento abrange a Pedra Branca, o Acampamento das Tropas Imperiais (hoje esquina da rua Tiradentes com a Av. João Corrêa) e a Praça Jacobina Maurer, onde fica a estátua da pregadora religiosa assassinada durante o Movimento Mucker. O professor Daniel explica como o patamar de patrimônio imaterial engrandece a iniciativa Caminhos de Jacobina. “Na origem, o tombamento considera os bens tangíveis, prédios, monumentos e assim fizemos. Mas, o roteiro turístico engloba muito mais do que aspectos arquitetônicos, por isso o tombamento de natureza imaterial é muito mais abrangente e protetor para esse roteiro. Um outro importante motivo é a possibilidade de participação em editais e captação de recursos para preservação do Caminhos de Jacobina”, salienta.

O único imóvel tombado pelo Patrimônio Histórico Municipal em área urbana de Sapiranga, a Casa Johann Schmidt, construída em 1845, está prestes a ser reformado. “As conquistas da restauração da Casa Johann Schmidt e agora o tombamento do Caminhos de Jacobina, representam um avanço no entendimento do Patrimônio Histórico em nosso município. Representa um divisor de águas tratar com seriedade a história de um povo ou de uma localidade. O passado preservado é também a garantia de um futuro ainda mais promissor”, comemora Daniel.

 

Saiba mais sobre os Caminhos de Jacobina

O Movimento Mucker foi um conflito entre um grupo de colonos descendentes de alemães que viviam aos pés do Morro Ferrabraz com tropas do Império Brasileiro. As manifestações religiosas e certo isolamento desse grupo do restante da comunidade da colônia pertencente à São Leopoldo acabou por gerar incômodos e hostilidades na localidade, exigindo a interferência do exército. O episódio culminou em um massacre onde estimasse que dezenas de pessoas, incluindo crianças, tenham perdido a vida, em meados de 1874. Mesmo 150 anos depois, alguns locais, construídos ou naturais, por toda a cidade de Sapiranga, relembram essa história. Esse é o roteiro Caminhos de Jacobina:

Cruz da Jacobina
Uma cruz fixada em um local próximo de onde ficava a casa de Jacobina Mentz Maurer e João Jorge Maurer. O ponto teria sido usado como refúgio de Jacobina e alguns outros Mucker, após a casa da líder ser atacada pelo exército. Teria sido nesse ponto que aconteceu o massacre final Mucker em 02 de agosto de 1874.

Monumento Coronel Genuíno Sampaio
Estátua que representa o baiano Coronel Genuíno Olympio de Sampaio, combatente na Revolução Farroupilha e na Guerra do Paraguai que acabou sucumbindo por disparo de arma de fogo durante o conflito Mucker. O monumento foi construído em 1931 e foi alvo de vandalismo mais de uma vez nos últimos 30 anos.

Memorial da Conciliação
Construído em 2009, o monumento simboliza a paz que buscou-se estabelecer entre os descendentes das famílias que lutaram nos dois lados do conflito Mucker. Ele fica ao lado da estátua do Coronel Genuíno Sampaio que foi construído no terreno onde, supostamente, ficava a casa de Jacobina e João Jorge Maurer.

Pedra Branca
Localiza-se na estrada que dá acesso a subida do Morro Ferrabraz, junto à uma pequena cachoeira. Ao local, uma espécie de caverna, é atribuído o status de enconderijo dos Mucker. Não há comprovações arqueológicas dessa função, mas a lenda foi fortalecida ao longo das décadas pela posição estratégica da formação rochosa.

Túmulo dos Colonos
Sepultura de quatro colonos que morreram em combate contra os Mucker em 1874 apresenta uma coluna funerária com uma inscrição em alemão. A mensagem diz que ali estão sepultados Theodor Minhard, Heinrich Hoffmann, Heinrich Linn e Phillip Kirch, mortos em 26 de julho de 1874. O túmulo está localizado no Cemitério Amaral Ribeiro.

Acampamento das tropas do Coronel Genuíno Sampaio
O local, onde hoje há prédios comerciais, fica bem no Centro da cidade na esquina entre as ruas Tiradentes e Av. João Corrêa. Foi utilizado para o acampamento das tropas do Cel. Genuíno Sampaio entre 1868 e 1874. Teria sido neste ponto que o Coronel foi atingido durante um ataque noturno, ferimento que o levou à morte.

Monumento ao Imigrante
Inaugurado em comemoração ao Sesquicentenário da Imigração Alemã no Brasil, celebrado em 1974. O painel, instalado em um dos acessos da RS-239, é de autoria do artista Gilberto Iris e representa a chegada e o trabalho dos imigrantes alemães.

Praça Jacobina Maurer
Espaço triangular entre as ruas Ipiranga, São Miguel e Av. João Corrêa, no Centro da cidade. O local abriga o Monumento da Jacobina e é espaço de lazer com vegetação e bancos. Fica em uma das entradas da cidade por estar próximo de um dos acessos da ERS -239.

Monumento da Jacobina
Construído em 2005, trata-se de uma estátua representativa de Jacobina Mentz Maurer fazendo uma leitura da Bíblia. O monumento completo abrange um bloco de concreto com uma placa contendo uma breve biografia da líder religiosa.

Texto: Cláudia Silva
Imagem: Divulgação 

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